terça-feira, 26 de maio de 2009

Sistema Bancário Bobolivariano...

Duas notícias. Comento depois.


Venezuela compra unidade do Santander por US$1,050 bilhão

A Venezuela firmou nesta sexta-feira um acordo para comprar a unidade do grupo espanhol Santander no país por 1,050 bilhão de dólares, em mais um passo na onda de nacionalizações que o presidente Hugo Chávez está executando.

O acordo de compra do Banco da Venezuela considera que o pagamento seja realizado em parcelas, assim como permitir ao Santander a repatriação de dividendos pela taxa de câmbio oficial.

O acerto foi firmado pelo presidente da instituição, Michael Goguikian, e o ministro de Finanças da Venezuela, Alí Rodríguez, na presença do vice-presidente do país, Ramón Carrizalez, que explicou que o acordo definitivo será assinado em 3 de julho, data em que o Estado assumirá as operações do banco.

"A negociação têm se realizado dentro de um clima de cordialidade", disse Carrizalez, afirmando que se chegou a uma negociação que satisfez ambas as partes.

A Venezuela pagará 630 milhões de dólares em 3 de julho e o pagamento restante será feito em duas datas, 3 de outubro e 30 de dezembro, sendo pagos 210 milhões de dólares em cada uma.

Além disso, o acordo permite ao Santander repatriar dividendos de 182,4 milhões de dólares em 27 de maio e outros 122,3 milhões de dólares em 3 de julho, em meio ao severo controle vigente no câmbio do país desde 2003.

O Banco da Venezuela movimenta 10,18 por cento das captações públicas totais, ocupando o quarto lugar em todo o sistema bancário do país nesse quesito, e tem 11,07 por cento do mercado de crédito, atingindo o terceiro lugar.

Chávez, que diz liderar uma revolução socialista, vem nacionalizando desde 2007 grandes empresas controladas por grupos estrangeiros, e este ano tem continuado com as expropriações, em meio à repentina queda dos preços do petróleo que vem golpeando as contas do país.

O militar reformado tem assegurado que o Banco da Venezuela passará a ser de "propriedade social" para consolidar o sistema financeiro venezuelano e a economia do país, rico em reservas de petróleo, à medida que algumas das principais instituições públicas têm graves problemas operacionais.

O Santander detém cerca de 98 por cento do Banco da Venezuela, que foi privatizado em 1996 por 351 milhões de dólares, depois de passar para o comando do Estado em meio à crise financeira que assolou o país entre 1994 e 1995.

no Estadão On-Line



Chávez anuncia assessoria da Caixa para criação de sistema bancário público

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou, nesta segunda-feira, que contará com a assessoria da Caixa Econômica Federal para a construção de uma rede bancária pública e na criação de um sistema de financiamento de casas populares na Venezuela.

O acordo deve ser assinado na terça-feira, em Salvador, na Bahia, onde Chávez se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da agenda comercial bilateral e de temas de integração regional.

"O projeto da Caixa Federal é muito importante. Eles querem nos ajudar com sua experiência (no financiamento para) a construção de moradias (...) e em um sistema de poupança popular", afirmou o presidente venezuelano durante reunião dos chanceleres da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) transmitida pelo canal estatal.

"Amanhã vamos assinar este documento para estabelecer na Venezuela uma rede bancária pública e programas de moradia", acrescentou. O déficit habitacional na Venezuela é de cerca de 2 milhões de casas.

A rede bancária que pode ser utilizada para a implementação desse sistema é a do Banco da Venezuela, filial do grupo Santander, cuja reestatização foi acertada na semana passada.

Desde o ano passado, Chávez vinha afirmando que pretendia transformar o Banco da Venezuela em uma versão venezuelana da Caixa Econômica Federal.

BNDES
Chávez também indicou que, durante seu sexto encontro com Lula, poderá ser criado um fundo binacional com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) "para incrementar os investimentos e a força de ambos os países".

"Ao Lula faltam dois anos (de mandato), para nós, faltam quatro anos, (razão pela qual) decidimos acelerar esses convênios de cooperação", afirmou. Diferente do colega brasileiro, Chávez pode se candidatar a um terceiro mandato presidencial.

Na prática, de acordo com fontes do Itamaraty, a Venezuela decidiu recorrer aos fundos do BNDES para financiar os grandes projetos de infraestrutura no país que estarão a cargo das grandes empreiteiras brasileiras

Na semana passada, o BNDES anunciou que o total do empréstimo à Venezuela poderia ser de US$4,3 bilhões. Uma fonte de chancelaria venezuelana, no entanto, afirmou à BBC Brasil que o valor da linha de crédito poderia girar entre US$ 5 a US$ 10 bilhões.

"É um acordo que interessa a ambos", disse a fonte. "Para as empresas brasileiras, é a possibilidade de ter acesso a um mercado garantido e, para a Venezuela, a oportunidade de dar continuidade aos projetos de desenvolvimento e utilizar nossos recursos petroleiros em outros projetos nacionais", acrescentou.

Outro fator a ser considerado é a crise financeira internacional, que derrubou os preços do petróleo, motor da economia venezuelana. "Obviamente, se o barril estivesse a US$ 150, o governo não teria porque aceitar o financiamento do BNDES", afirmou a fonte venezuelana.

De acordo com o Ministério de Finanças, a receita petrolífera caiu pela metade neste ano, em comparação com 2008. A queda no preço do barril de petróleo, cotado a US$ 53 na semana passada, também afetou o desempenho do PIB no primeiro trimestre deste ano, que registrou crescimento de apenas 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o Banco Central da Venezuela.

Avião cubano
De acordo com Chávez, também deverá ser firmado um acordo para a instalação de uma indústria binacional petroquímica na Bahia, em parceria com a brasileira Braskem e a venezuelana Pequiven.

Chávez viajou a Salvador na noite desta segunda-feira em um avião da companhia Cubana de Aviação, devido à falhas apresentadas no avião presidencial depois da visita ao Equador, neste fim de semana. "Nós vamos hoje no avião de Fidel (Castro), de Raúl (Castro), do povo cubano", disse Chávez. "O nosso (avião) aspirou um pássaro", disse o presidente venezuelano.

no Estadão On-Line

Comento
O que eles estão fazendo é comprar o povo através de suas mentiras.

Fidel Castro, em 1959 - quando da Revolução Cubana - falava em democracia e em livrar o povo do "ditador" Fulgêncio Batista. O que se viu, como é comum em qualquer esquerdista, foi uma traição sem precedentes com o povo cubano, criando uma ditadura muitíssimas vezes pior que a existente até então: morticínio, fome, falta de liberdade.

Lula, junto com Fidel, foi um dos fundadores do Foro de São Paulo. Lula já disse que Fidel é seu ídolo e que o regime da ilha-cárcere é seu ideal. Chávez, Evo, Correa, Lugo, e outros governantes do sub-continente latinoamericano seguem a mesma linha. E cada vez mais países são dominados por tais abjetos governantes, estendendo o domínio das esquerdas, a fim de trabalhar por seu projeto de criação de um único país: a URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina), nos moldes "do que foi perdido no Leste Europeu".

"E ao povo, não haverá melhora?" Não. Ao povo haverá o "gulag", o campo de trabalho forçado e o dever de obedecer sem pensar para não ir às masmorras ou ao "paredón". Como diz Chávez, ao povo "socialismo o muerte" - ou se calam diante do regime mais assassino da história da humanidade ou fazem parte do número de mortos que ele causou.

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